quarta-feira, 20 de março de 2013

Volume 01: Sem Saída


                                                       
                                                                 





Primeiro cai a noite, depois vem a chuva, a rua deserta sem luz, sem barulho, sem vida.
Nada continha o meu receio de estar ali.
Veio o susto, o medo, finalmente o pânico, não acreditava que estava sendo seguido, queria que tudo aquilo fosse um pesadelo.
Andava rápido, quase correndo, desejando que a cada olhada para trás, eu não veria mais aquele ser que me seguia, nunca aconteceu.
A criatura estava ali a espreita e quando eu decidi finalmente correr para tentar a sorte de ser mais rápido que ele, eis que me deparo com um beco sem saída.
Estou perdido, morto, ou pior.
Desesperado me viro para de frente com a criatura, mas nesse momento estou cego de pânico, minhas pernas não me sustentam, caio no chão, desesperado não consigo nem respirar, muito menos produzir algum tipo de som.
Adeus, vou embora dessa vida ainda  sem conhecer o mundo, sem aproveitar nem metade do que podia me ser oferecido, nessa hora desisto de viver e me entrego a morte como um, um bebê se entrega ao seio da mãe.
 Adeus!

-Senhor, senhor! Seu guarda-chuva, o senhor  o esqueceu no café, quase não pude lhe acompanhar, o senhor estava com pressa mesmo!
–Obrigado, muito obrigado, multíssimo obrigado meu jovem, obrigado, obrigado, obrigado!
–Ok, imaginava que o senhor o queria de volta, só não sabia que se proteger da chuva era tão importante assim pro senhor!

                                                               Fim

                                       

Magno T.P. Netto,  20-03-2013/01:26 am 

3 comentários:

  1. Prezado Magno,
    bacanas suas postagens e bem dentro do espírito Ogro de ser. Coordeno um site sobre os mesmos assuntos, ainda incluindo aí humor, rango, mulher ( com respeito ) e golo. Como não dá para fazer tudo sozinho, tenho uma proposta para você.
    Se tiver interesse, mande-nos um e-mail:vidadeogro1@gmail.com

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